Caso ocorreu , no Centro de Boa Vista.
Foi instaurado Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar o caso.
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Na noite desse sábado (23), por volta das 21h, um policial civil, armado, invadiu uma casa localizada na rua Floriano Peixoto, no centro de Boa Vista e ameaçou a família que reside no local. De acordo com o proprietário da casa, o policial estava descontrolado, disparou dois tiros e gritava que 'não tinha nada a perder'.
"Quando cheguei em casa ele já estava lá dentro, eu ouvi os disparos e pedi ajuda pelo celular", disse Zerbine Araújo. Segundo ele, na casa estavam a esposa, a filha de nove anos, e mais um casal que mora com a família.
Conforme Zerbine, o policial parecia desorientado e permanecia dizendo que queria 'matar ou morrer'. "Ele ficou batendo nas portas lá de casa e fez dois disparos", lembrou. Os disparos foram na direção de um rapaz que mora com a família. "Foi quando ele [o rapaz] correu e subiu no telhado da casa", comentou.
O policial civil permaneceu na casa por cerca de uma hora. Quando a equipe da Policia Militar (PM) chegou ao local, ele mesmo se identificou como policial. "Tinha um policial militar que reconheceu ele [o policial civil] quando chegaram em casa", acrescentou Zerbine.
Em seguida, todos foram encaminhados ao 5º Distrito Policial (DP). Após pagamento de fiança no valor de R$ 1 mil, o policial foi liberado. "Ele só pagou uma fiança e foi embora. No relatório [da Polícia Miliar] não colocaram que ele invadiu minha casa, porque tirava a fiança", declarou Zerbine. Ele disse ainda, que facilitaram as coisas para o policial que invadiu sua casa.
"Estamos com medo porque ele [o policial civil] está solto, ele pode voltar a qualquer momento. Minha família está em pânico", desabafou Zerbine. A família lamenta o procedimento adotado pela PM. "A gente lamenta a impunidade. Com um monte de foragido, a gente chega em casa e encontra uma situação dessas. Com quem vou reclamar? Era a Polícia Civil que estava dentro da minha casa atirando", concluiu.
Outro Lado
Segundo nota da Corregedoria Geral de Polícia, o policial civil envolvido no caso é lotado no interior do estado e já foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar a falta administrativa.
Segundo nota da Corregedoria Geral de Polícia, o policial civil envolvido no caso é lotado no interior do estado e já foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar a falta administrativa.
O agente de policia foi autuado em flagrante pelo delegado Juseilton Costa e Silva, por crime de disparo de arma de fogo. De acordo com o Corregedor Geral de Polícia, Cristiano Camapum, em momento algum a instituição agiu com corporativismo. "Estamos apurando todos os fatos e o servidor em questão vai responder tanto na esfera criminal quanto administrativa", declarou Camapum.
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